Hoje sei que sou completa. Às vésperas de começar a conquistar o mundo que sonhei, vejo o quanto fui forte todos estes anos. Adquiri a sabedoria de amar sem esperar nada em troca, apenas pelo prazer de senti-lo em mim. Pois a pessoa amada não tem a obrigação de me corresponder somente porque a amo! É muito fácil confundir uma paixão arrebatadora com amor, mas somente quem ama sabe distinguir as diferenças essenciais entre estes dois sentimentos.
A paixão nos impulsiona para os braços desejados, arrepia a nossa pele, o coração bate aceleradamente e a respiração fica ofegante. Está muito mais associada ao capricho e ao desejo do que à nobreza de sentimentos. É o sentimento mais inquietante que já conheci.
Já o amor… Ah… O amor… Este nos embriaga de uma maneira mais sutil, mais densa e muito mais profunda. Não nos deixa arrebatados de desejo e com a fúria da possessão quando não somos correspondidos, muito pelo contrário. É capaz de grandes sacrifícios, de matar ou morrer por aquilo que se sente. Quem ama perdoa os defeitos e enaltece as qualidades, não se incomoda com o frio do inverno e menos ainda com os espinhos da rosa.
Ele nos acalma e nos completa, nos faz sentir que somos melhores porque o sentimos verdadeiramente, sem esperar que o outro venha ficar ao nosso lado, sem aprisionar e sem ser aprisionado.
O verdadeiro amor é aquele em que o outro está ao nosso lado por livre e espontânea vontade, sem interesses, sem carências e sem a obrigação de ser o mais interessante ou o mais bonito. É apenas ele mesmo, sem máscaras.
Não diga “eu te amo” para provar o que sente. Não exija provas de amor.
Seja livre! Deixe livre! O amor se encarregará de mantê-lo próximo a você, mesmo quando ele estiver longe, muito longe… Terás a segurança de senti-lo em você e mesmo inconscientemente, saber se está tudo bem ou não.
Adquira a sabedoria de amar e então compreenderás que a paixão nos aprisiona e o amor nos liberta!
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