Retrospectiva de leituras 2020

30 12 2020

Após um hiato sem publicar a retrospectiva anual de leituras, decidi expor os livros que me acompanharam no intervalo entre os demais projetos pessoais ao longo deste ano desafiador.

Como sempre, a lista é variada, tem de tudo! E ainda assim porque cito somente os livros de ficção, deixando de lado os livros texto de outras disciplinas que estudo, como por exemplo os de Tarot, Reiki e Yoga.

Vamos à lista que não está extensa, mas que me deixou bem orgulhosa por ter conhecido verdadeiras obras de arte.

– Romancista como vocação – Haruki Murakami

– Duna – Frank Herbert

– A mão esquerda da escuridão – Ursula K. Le Guin

– Neuromancer – William Gibson

– Sobre a escrita – Stephen King

– Orgulho e Preconceito – Jane Austen

– Stardust: O mistério da estrela – Neil Gaiman

– Sejamos todos feministas – Chimamanda Ngozi

– Eu sou Malala – Malala Yousafzai

– Má feminista – Roxane Gay

– O conto da aia – Margareth Atwood

– 1984 – George Orwell

– Sobre a brevidade da vida – Sêneca

– A abadia de Northanger – Jane Austen

– Psicose – Robert Block

– O milagre da manhã – Hal Elrod

– O caminho do artista – Julia Cameron

– Fotografia: um guia para ser fotógrafo em um mundo onde todos fotografam – Daniela Agostini, Heloísa Alessio e Thomas Degen

– São Paulo Noir – Tony Belotto (org.)

– Simplesmente bruxa – Gabi Violeta

– Wicca: Guia do praticante solitário – Scott Cunningham

Duna, do Frank Herbert superou todas as expectativas! Enredo maravilhoso, instigante, bem amarrado, um clássico!

O autor criou um universo fascinante que me deixou imersa em reflexões pós leitura por bastante tempo. Sinceramente eu não sei por onde começar a comentar, não sei se falo da especiaria, dos fremen, das Bene Gesserit, da Guilda ou dos poderes perturbadores do Paul Atreides. Fora os gigantescos vermes e a guerra entre duas casas maiores, que movimenta a trama. Duna já está no topo da minha lista Top 5 de FC e confesso que estou ansiosa para ver a adaptação para os cinemas em 2021.

Empolgada com o primeiro enredo de FC do ano, puxei A mão esquerda da escuridão da estante e embarquei na missão de Genly Ai no planeta Gethen. E concordo que faz muito sentido diversos escritores se referirem à Ursula K. Le Guin como uma das escritoras mais talentosas dentro da ficção científica. A história é bem original, principalmente na forma como os habitantes do planeta Gethen lidam com a sua sexualidade, vale muito a leitura!

Neuromancer me decepcionou um pouco. Claro que merece toda a badalação e reconhecimento que tem, afinal foi bastante inovador para a sua época, descrevendo um mundo cyberpunk, com IAs e personagens socialmente degradados para um mundo que tinha o Windows 95 como conceito de inovação. Serviu de inspiração para a trilogia Matrix, ganhou diversos prêmios importantes, mas… Na minha opinião, muito mais por conta da originalidade dos conceitos que apresenta do que pelo enredo. Achei a história truncada, confusa; mas recomendo a leitura a todos que, como eu, gostam de tecnologia e cenários bem descritos.

Aproveitando a onda de leituras dos clássicos, li Orgulho e Preconceito, da Jane Austen sem qualquer expectativa, achando, inclusive, que iria me aborrecer com um livrinho romântico, porém fui surpreendida! E ressalto dois pontos que achei interessante neste livro: primeiro o contraste de personalidade das cinco irmãs e segundo a voz irônica da autora permeando o texto, a cereja o bolo, eu diria. Da autora também li A abadia de Northanger, mas Orgulho e Preconceito segue, até então, como o meu favorito.

Entusiasmada com protagonistas femininas passei para O conto da aia, da Margareth Atwood acreditando, ao final do livro, que tinha lido a distopia mais sufocante do ano, contudo essa sensação durou somente até ler 1984 do Orwell. Gente… que cenário aterrador! Não ter liberdade nem mesmo de pensamento é algo preocupante em grau elevado. Falar mais sobre o livro pode estragar a experiência de leitura, certo companheiro?

E falando sobre liberdade de ideais e pensamentos, adorei a autobiografia Eu sou Malala, da Malala Yousafzai, livro muito bem escrito e instrutivo. Malala, uma garota de 15 anos, foi baleada por terroristas do Talibã ao se recusar a obedecer ao terrorismo imposto que, dentre outros atos de intolerância, proibia meninas de frequentar a escola.

Inspirada por Malala, procurei por mais livros sobre empoderamento feminino e me deparei com Sejamos todos feministas, da Chimamanda Ngozi, um livro curtinho e que deveria ser leitura obrigatória para todos, em todas as idades.

Finalizo os comentários sobre as leituras mais marcantes de 2020 com Psicose, do Robert Block. Muitos não sabem que o filme do Hitchcock foi baseado neste livro, eu mesma não sabia e digo que o enredo do livro é tão bem elaborado quanto o roteiro do filme, ideal para quem curte romances policiais ou mesmo romances com terror psicológico.

É isso, ano que vem tem mais, muito mais! 😊


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