Sabe aqueles livros que à primeira vista parecem ingênuos, mas que te ganham pela mensagem nas entrelinhas? A leitura de A Filha da Noite foi assim, agradável e edificante.
Lendo a sinopse descobri que se trata de uma adaptação da ópera “A Flauta Mágica”, de Mozart, cujo enredo dá sinais bem claros dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade.
Marion Zimmer Bradley nos conta de forma bela a saga de Tamino e Pamina, dois jovens que são submetidos aos ordálios no castelo de Zarastro e perseguidos pela Rainha Estrela, arquiinimiga do Rei Sol. Em paralelo, outro casal também se forma: Papagueno, o homem pássaro e sua companheira Papaguena, representantes dos halflings.
Ao longo da leitura foi interessante perceber que um simples teste de disciplina pode dizer muito sobre o iniciado, suas reais convicções e seu caráter. A evidência disso se dá quando Monostatos, herdeiro da grande serpente e Tamino, príncipe do Oeste, são submetidos ao mesmo teste e ambos têm posturas diferentes, revelando o que trazem dentro de si.
No mais a história segue descrevendo os ordálios dos quatro elementos com o desempenho de Tamino e Pamina, superando seus medos e suas dúvidas para no final alcançarem a sabedoria.
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O Livro
BRADLEY, Marion Zimmer. “A Filha da Noite”; tradução de Marcos Roma Santa.
Rio de Janeiro: Imago, 1986.
Título Original: Night’s Daughter.
174 páginas.
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