Retrospectiva de Leituras 2010

27 12 2010

 

– Cândido ou o Otimismo – Voltaire

– O silêncio dos inocentes – Thomas Harris

– Hannibal – Thomas Harris

– Dragão Vermelho – Thomas Harris

– Os melhores contos brasileiros de ficção científica – Roberto de Sousa Causo

– Estudos sobre a leveza – Fernando de F. L. Torres

– O Diário do Diabo – O Próprio

– O Escaravelho do Diabo – Lúcia Machado de Almeida (Releitura)

– O demônio da meia-noite – Luiz Galdino (Releitura)

– A mulher de trinta anos – Honoré de Balzac

– Mar morto – Jorge Amado

– Cinco minutos – José de Alencar

– Aventuras inéditas de Sherlock Holmes – Sir Arthur Conan Doyle

O Ritual Musgrave e Outras Histórias – Sir Arthur Conan Doyle

– Um escândalo na Boêmia e outras histórias – Sir Arthur Conan Doyle

– O signo dos quatro – Sir Arthur Conan Doyle

– O roubo da coroa de berilos e outras aventuras – Sir Arthur Conan Doyle

– O jogador desaparecido e outras aventuras – Sir Arthur Conan Doyle

– O cão dos Baskervilles – Sir Arthur Conan Doyle

O Vale do Terror – Sir Arthur Conan Doyle

Um estudo em vermelho – Sir Arthur Conan Doyle

– A juba do leão e outras histórias – Sir Arthur Conan Doyle

O ultimo adeus de Sherlock Holmes – Sir Arthur Conan Doyle

– O vampiro de Sussex e outras histórias – Sir Arthur Conan Doyle

– O Enigma do Coronel Hayter e Outras Aventuras – Sir Arthur Conan Doyle

– O símbolo perdido – Dan Brown

A Filha da Noite – Marion Zimmer Bradley

– A Droga da Obediência – Pedro Bandeira

– Kama Sutra XXX – Alicia Gallotti

– Delta de Vênus – Anaïs Nin

– O doce veneno do escorpião – Bruna Surfistinha

O homem de gelo – Phillip Carlo

– Giselle, a amante do inquisidor – Mônica Castro

– Seu signo e suas vidas passadas – Elaine Bernardes

O jogo do eu – R.D. Silva

– A Magia dos sonhos – Adilson Rodrigues

– Calunga – Tudo pelo melhor Luiz Gasparetto

– A magia dos anjos cabalísticos – Mônica Buonfiglio

A lista não está longa quanto nos anos anteriores, descobri que ler ao fim do dia, cansada depois de um dia de trabalho não é nada produtivo. O sono me vencia antes de terminar o terceiro capítulo da noite. Mudarei de tática em 2011.

Não apenas a lista está menor como também bastante diferente da lista planejada no início do ano, quando apresentei minha fila de leitura no texto O Guardião da Fila. Como muitos amigos e colegas de trabalho sabem o quanto gosto de ler, não é raro que espontaneamente me emprestem seus livros favoritos. Fico feliz por perceber que cada vez mais pessoas do meu círculo social (e que não são escritores) se interessem por leituras não acadêmicas ou obrigatórias.

A lista de livros devorados deixa clara a diversidade de leituras, seguindo minha idéia de que um escritor tem que ler de tudo para ampliar suas percepções entre os diversos gêneros e estilos de escrita.

Descobri Thomas Harris, um astuto escritor que embalou muitas das minhas noites com seus enredos de suspense policial, sensuais e inteligentes. Através de “O silêncio dos inocentes”, “Hannibal” e “Dragão Vermelho” constatei as diversas facetas do Dr. Lecter, um personagem do mal e perigosamente carismático. Ironicamente pretendia ler “Hannibal, a origem do mal” e acabei lendo os outros três, o “final” da saga de Lecter fica para o ano que vem.

Desta lista me arrependo das duas releituras: “O Escaravelho do Diabo” e “O Demônio da Meia Noite”, livros que marcaram minha pré-adolescência, mas que lidos por um par de olhos já adultos perdeu o encanto. Fica a lição e a promessa de não mais reler os livros desta época.

Passei boa parte do ano entretida com as investigações de Sherlock Holmes, foram quatro romances e nove coletâneas de contos, que muito me auxiliaram nas reflexões sobre os elementos que tornam as histórias convincentes e interessantes. Palmas para Arthur Conan Doyle!

Por conta de um projeto literário que tenho em mente, passei a ler também alguns exemplares da literatura erótica, como Anaïs Nin e Alicia Gallotti, que não me decepcionaram com “Delta de Vênus” e “Kama Sutra XXX”, respectivamente. Ficam na fila “Sexus”, “Plexus” e “Nexus”, ambos de Henry Miller e “Novelas nada exemplares” de Dalton Trevisan, a conferir.

Seguindo minha linha eclética de leituras, deixei espaço também para livros psicografados, como “Calunga – Tudo pelo melhor” e “Gisele – A amante do inquisidor”, ambos sugeridos por amigos. Recomendo a leitura entre um livro e outro de ficção, é interessante.

E quanto aos livros cuja leitura ficou para 2011? Não estou preocupada, sei que a fila mudará bastante ao longo do ano e que muitos outros livros chamarão minha atenção, me fazendo permutar as prioridades de leitura. Acredito que, como a escrita, a leitura deve ser um prazer e não carregar o pesado fardo da obrigação. Até 2011!





10 coisas que aprendi em 2010

20 12 2010

Dez

1 – Algumas AMIZADES podem durar anos, mas não são eternas.

2 – Aonde quer que vá, sempre haverá um filho da puta, PROTEJA-SE deles.

3 – Há VIDA (e muito mais interessante, inclusive!) após os trinta.

4 – Estar solteira é uma DÁDIVA DIVINA.

5 – Bom HUMOR contagia.

6 – SABER o que se quer é o mais importante.

7 – Um SORRISO sincero opera milagres.

8 – Desprezo é o melhor a OFERECER aos que, de alguma forma, te magoaram.

9 – Um escritor deve ser LIVRE de preconceitos e suas leituras devem ser ECLÉTICAS.

10 – RESPEITE. O burro, o insensato, o invejoso. Cada qual com o seu CAMINHO.





A Filha da Noite

6 12 2010

Sabe aqueles livros que à primeira vista parecem ingênuos, mas que te ganham pela mensagem nas entrelinhas? A leitura de A Filha da Noite foi assim, agradável e edificante.

Lendo a sinopse descobri que se trata de uma adaptação da ópera A Flauta Mágica, de Mozart, cujo enredo dá sinais bem claros dos ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade.

Marion Zimmer Bradley nos conta de forma bela a saga de Tamino e Pamina, dois jovens que são submetidos aos ordálios no castelo de Zarastro e perseguidos pela Rainha Estrela, arquiinimiga do Rei Sol. Em paralelo, outro casal também se forma: Papagueno, o homem pássaro e sua companheira Papaguena, representantes dos halflings.

Ao longo da leitura foi interessante perceber que um simples teste de disciplina pode dizer muito sobre o iniciado, suas reais convicções e seu caráter. A evidência disso se dá quando Monostatos, herdeiro da grande serpente e Tamino, príncipe do Oeste, são submetidos ao mesmo teste e ambos têm posturas diferentes, revelando o que trazem dentro de si.

No mais a história segue descrevendo os ordálios dos quatro elementos com o desempenho de Tamino e Pamina, superando seus medos e suas dúvidas para no final alcançarem a sabedoria.

 

O Livro

 

              

BRADLEY, Marion Zimmer. “A Filha da Noite”;  tradução de Marcos Roma Santa.

Rio de Janeiro: Imago, 1986.

Título Original: Night’s Daughter.

174 páginas.





Alusões de verdades

25 11 2010

Galaxy

 

“Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”

 

 (Inscrição no oráculo de Delfos,

atribuída aos Sete Sábios (650 a.C.- 550 a.C.))





Voltaire, Voltaire

17 11 2010

Clock

Estou adorando ler Voltaire, em breve pretendo rechear a categoria “Leituras” com minhas impressões sobre algumas de suas obras, por ora deixo uma de suas frases, para reflexão:

“O mundo me intriga. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro.”

 (Voltaire)





O Jogo do Eu

6 09 2010

Um livro que propõe de forma lúdica um dos caminhos para o autoconhecimento. Assim pode ser definido “O Jogo do Eu”, de R. D. Silva, livro em formato diferenciado (suas páginas são soltas), contendo exercícios propositalmente pensados para fazer refletir, conhecer e despertar a criança interior dos leitores.

Comprei motivada pela curiosidade de conhecer a proposta do autor e gostei bastante. Transcrevo aqui cinco exercícios realizados, que talvez sirvam de inspiração aos que se sentirem tentados a se conhecer melhor.

1) Faça!

Comece hoje algo que você está adiando há tempos. Tome aquela decisão que você receia e vem protelando. Acabe e algo que foi começado, mas nunca concluído. Defina uma situação que vem se perpetuando.

Para concluir este exercício refleti sobre tudo o que tenho pendente e decidi “atacar” apenas a parte literária, por enquanto. Fiz um planejamento de conclusão de cada um dos meus projetos literários e assim surgiu o projeto Alpha, cujo objetivo é reescrever uma versão melhorada de todos os meus romances. Baita exercício de aprendizagem e quem sabe no embalo não aparece um livro que mereça ser publicado?

2) Perceba a sua Pequenez

A humildade geralmente é associada à pobreza ou à submissão. Na realidade é a consciência da real dimensão de si mesmo. Somos vaidosos, atribuindo importância exagerada ao nosso ser. Pense na dimensão do universo, na quantidade de galáxias, na dimensão de nosso planeta perante nossa galáxia e de si mesmo perante o planeta. Lembre-se de que a distancia que separa o mais sábio dos homens do mais parvo é irrisória perto do que ambos desconhecem. Você consegue perceber qual dos micróbios em sua mão é o mais ilustre?

Da reflexão deste exercício fica a certeza de que Sócrates (não o jogador e sim o filósofo grego) sabia o que dizia quando falou: “Só sei que nada sei!”.

Preciso dizer mais?

3) Recorde uma experiência de sua vida que foi ruim na época e que hoje parece engraçada.

Rir de si mesmo é uma das maiores virtudes do ser humano. Recorde uma destas ocasiões e conte para seus amigos, rindo sinceramente.

Serve o dia em que achei que iria morrer por ter engolido um caroço de limão? Eu tinha seis anos e me lembro até hoje do meu desespero, que passou assim que o dia amanheceu e eu estava lá, vivinha!

4) Faça Ginástica

Hoje você deve arrumar um tempo para se dedicar a algum tipo de atividade física. Pratique um esporte, faça ginástica, yoga, natação ou simplesmente dê uma longa caminhada. Durante a atividade observe o comportamento do seu corpo, sinta seus ritmos, como a respiração, o batimento cardíaco e o fluxo do sangue em suas veias e artérias. Sue um pouco, mas não se violente. Identifique seus limites e respeite-os.

Uma longa caminhada já faria efeito, mas além dela a vivência do yoga é excelente para a percepção do nosso corpo. Os exercícios de respiração e meditação que acompanham a prática nos fazem perceber o quanto corpo, mente e espírito estão interligados. Aqui entendi que a consciência dos próprios limites é uma base forte para seguir adiante.

5) Cante uma canção do começo ao fim

Se você não sabe a letra pode lê-la, mas cante repetidas vezes até decorá-la.

Escolhi a música “Pista de Dança” da Adriana Calcanhotto, cuja letra pode ser lida (ou ouvida) aqui.

E cantarolando me despeço, ainda tenho um livro inteiro para ler! 😉





Aos 13 de Agosto

13 08 2010

Sexta-feira 13!

Acordou com azia. Mais um dia de trabalho. Aquela semana não acabava nunca? Chegou atrasado para a reunião de líderes, justo a que o diretor da sua área compareceria. Dez minutos antes, perdera a vaga para um engraçadinho que se fingiu de morto e estacionou primeiro. Ele teve o ímpeto de fazer o fingimento se tornar realidade, mas desistiu da idéia porque sabia que já estava atrasado e não queria se tornar um homicida e um desempregado no mesmo dia.

A reunião não poderia ter sido mais terrível, um verdadeiro show de horror, o diretor era tão polido quanto um mastodonte e (pior!) tinha a plena certeza de que era a versão melhorada de Maquiavel nos planos estratégicos. Lamentável…

Quando olhou no relógio já eram duas da tarde e nada dele poder sair para almoçar e respirar um pouco. Então, já que o almoço tinha ido para o espaço, resolveu sair tão logo as dezoito horas chegassem.

Anoitecia quando pisou na calçada, deu um longo suspiro. Que dia!

Manobrava o carro quando se deu conta de que havia esquecido o celular em sua mesa, voltou para buscar rapidamente.

Minutos depois, já cansado, entrou no carro e não percebeu que haviam aproveitado sua distração.

Parou no farol vermelho e ao olhar no espelho percebeu que não estava sozinho. A primeira reação foi de incredulidade, não entendia como alguém tinha entrado em seu carro.

Mas assim que sentiu o canivete em seu abdômen, se lembrou de que deixou a porta do carro destravada, confiante de que não demoraria na operação de ir e voltar.

– Entra à esquerda na próxima rua e nem um pio, senão te furo!

– Ca-calma… Já estou entrando… Mas é uma rua sem saída…

– É esta mesmo!

Chegando na ruazinha mal iluminada, agilmente escolhida pelo ladrão, sentiu que assim como o dia, a noite também seria longa. O larápio exigiu que ele saísse do carro e deixasse tudo, celular, carteira, documentos e até o paletó. Pensando bem, a gravata também era bonita…

Obedeceu a todas as exigências sem protesto algum, já tentando buscar na memória os números de telefone do seguro.

De tão obediente que fora, o ladrãozinho de voz fina desconfiou de suas intenções e tratou de retardar a sua busca por qualquer tipo de ajuda.

Saiu decidido do carro e então ele pôde ver que o assaltante era bem alto e corpulento, forte demais para uma briga justa, além de estar com um canivete.

Quando o assaltante saiu da viela com os pneus cantando, ele estava caído no chão com um corte não muito profundo na barriga, mas o suficiente para sangrar e apavorá-lo.

A dor muito fina que sentia foi suficiente para retardar o seu passo. Teve que quase se rastejar até a avenida mais próxima e implorar para que o ajudassem. Os transeuntes andavam apressados e não queriam se envolver. Só depois de quase meia hora uma senhora parou e o ajudou a chamar um táxi.

O caminho para o hospital foi um capítulo à parte. Os minutos não passavam e os segundos desfilavam vagarosamente pirracentos, gozando de sua dor. Suava frio. Perdia sangue. Estava exausto.

Quando enfim chegou ao hospital, foi medicado e levou os pontos necessários. Foi liberado em seguida, com uma receita repleta de remédios e recomendações.

Agora a segunda parte. Avisar a seguradora do roubo do automóvel e em seguida procurar uma delegacia para o boletim de ocorrência. Com a seguradora foi relativamente rápido, sem contar os quarenta e cinco minutos de espera ouvindo uma irritante musiquinha. Mas na delegacia… A espera foi grande, o delegado estava em uma mega operação para prender uma quadrilha de assaltantes que estava lhe tirando o sono desde Abril. Do ano retrasado.

Quando chegou em casa e finalmente foi dormir, eram exatamente vinte e três horas e cinqüenta e oito minutos. Foi então que se deu conta. Faltavam dois minutos para o seu aflitivo dia acabar. Era uma sexta-feira, 13 de Agosto.

***

Texto publicado originalmente no blog “Soltando o Verbo” e desempoeirado a pedidos.





Filosofia iluminando Trevas

2 08 2010

filosofia iluminando trevas

 

Aconteceu de novo. Após terminar a leitura da versão três do meu primeiro romance, a sensação de “Ainda não é isso…” insistia em se fazer presente.

Então voltei ao doloroso (e necessário) exercício de autoanálise, torcendo para encontrar o motivo de tanto descontentamento.

E encontrei.

Simples? Claro que não!

Boa parte dos escritores são pessoas sensíveis, observadoras e um tanto (em alguns casos muito) egocêntricas. Aqueles do tipo que uma crítica sobre o seu texto gera uma avalanche de outros textos, difamando o ser que se atreveu a fazer uma análise do que leu.

Não serei hipócrita de negar que certas críticas, mesmo construtivas, doem. Mas são necessárias. E foram justamente essas críticas, de pessoas que não me conhecem e que não se sentem na obrigação de serem cordiais, que me ajudaram a entender o que me incomodava nos meus textos.

E o que tanto me incomodava?

Cometi os erros básicos de todo escritor iniciante quanto aos seus personagens, sentia que eles não me convenciam, salvo os personagens de crônicas.

Eram apenas nomes dentro de um texto, com uma descrição física e ações mecânicas, superficiais. Este foi o primeiro ponto que identifiquei.

Comecei a prestar atenção aos enredos que chamavam minha atenção e que não evanesciam da memória tão logo a leitura terminasse. Não por coincidência eram textos com personagens ricos, apresentados em várias nuances ao longo da história.

Outro ponto que também me chamou a atenção foi a ambientação do local das ações. Em alguns textos não era possível visualizar com clareza o ambiente em que as ações se passavam, já em outros parecia que eu estava no local, observando o decorrer da história de dentro dela!

Eis a fórmula. Porém há o desafio de descrever na medida certa, sem cansar o leitor.

Em paralelo a estas constatações, sigo afirmando a importância da fase de pesquisa. Isso mesmo. Um verdadeiro garimpo de detalhes que fazem a diferença.

Na minha opinião, melhor do que escrever que meu protagonista segue ideais iluministas, é convencer meu leitor através de sua conduta, diálogos e ações de que ele é um seguidor do racionalismo filosófico de sua época.

E para tanto, decidi mergulhar na leitura do legado dos filósofos iluministas. Quero entender suas ideias, convicções, seus argumentos e ter o máximo de informações do pensamento filosófico da França e Inglaterra do século das luzes.

Acredito que desta forma será mais fácil dar a profundidade necessária aos meus personagens e ao enredo.

Depois desta autoanálise, recorro ao exercício de reescrever pela quarta vez meu primeiro romance. E o reescreverei pela centésima nona vez se for necessário, até que me convença. O objetivo é fazer a sensação de “Ainda não é isso…” desaparecer por completo.

E aos leitores deste espaço peço licença, mas por um bom motivo, afinal não posso deixar Descartes, Rousseau, Voltaire e Diderot sem uma companhia feminina.





O jogo dos Reis

31 07 2010

Excelente exercício para a mente, com todas as premissas do Planejamento Estratégico, o xadrez é um jogo completo. Abaixo transcrevo um texto de Sybill Marshall, escritora e educadora britânica, sobre o jogo dos reis:

 

Desde a criação do mundo

O homem guerreia contra o homem

Reis e Rainhas armavam as batalhas

Consultavam bispos, convocavam

cavaleiros;

Tomavam as torres dos castelos uns

dos outros e então

Capturavam e matavam os homens uns

dos outros.

Desta forma tudo continuou, até que um

dos lados proclamou

“Viva! Vencemos! O Rei deles está

Morto!”

Mas quando não haviam mais guerras

Ficaram todos entediados

Lutaram uns contra os outros

da mesma forma

Mas desta vez era um jogo.


Sobre um tabuleiro com homenzinhos

Jogamos este jogo – chamado Xadrez

– desde então.

Cada batalha era tão difícil quanto

Havia sido no passado, nos campos de

batalha;

Em astutos movimentos a guerra ainda

acontece

Através de complexas regras profundamente

estudadas.


Nosso “jogo dos Reis” é hábil e inteligente

Mas ninguém é morto ou mutilado para

sempre.

Peças pretas, cérebros brancos, não

força física

Enquanto dama, torre, bispo, cavalo e

peão

São banidos do tabuleiro

E pretas ou brancas gritam “Xeque!”

Ou, como diziam os antigos persas,

“Shah mat! Seu Rei está morto!”





Entre Criações, Cores e Banners

9 05 2010

Já fazia um tempo que queria mudar o banner do blog, mas não achava uma figura que me agradasse.

Daí conheci o Diretor de Arte Eduardo Lanzoni, que conseguiu traduzir em uma ilustração o espírito deste espaço de experimentações textuais, meu laboratório hermético de experiências com as sagradas letrinhas.

A ilustração foi totalmente idealizada por ele, que também possui um portfólio com suas demais criações. Vale a pena dar uma conferida.

Abaixo o passo a passo da criação, com comentários do próprio Edu Lanzoni:

“Como meu estilo puxa muito ao abstrato, peguei várias características e apliquei no desenho. Como vocês podem encontrar o contorno de um olho, uma escada que serve de convite para entrar nesse mundo de inspiração, que viram palavras, coração, lágrimas que representam a emoção, folhas de papel que são a origem de tudo, um coração escondido (ahá quero ver alguém achá-lo), além de formas orgânicas, com traços mais femininos para compor. Já que é uma mocinha a autora desse blog.

Bjus e sucesso!!!”

Eduardo Lanzoni

Valeu Edu! 🙂